Sob Um Short Azul
por Anderson Oliveira
Meu coração bateu mais forte quando ele abriu o zíper do jeans e abaixou as calças, ficando apenas com uma cueca slip branca. O volume me impressionou, algo grande e pesado estava guardado ali dentro, caído para um lado e quase querendo sair. Ele foi até o lavatório e saiu do meu campo de visão. Olhei para os dois lados, morrendo de medo que alguém me pegasse abaixado olhando pela fechadura do banheiro e eu não ia ter como explicar aquela situação.
Olhei novamente pela minúscula abertura quando ele já tinha terminado de escovar os dentes e se virou para entrar no box. Tirou a cueca, mas só pude ver sua bunda desnuda, a marca de garoto que toma sol de sunga delineando seu corpo bronzeado. Droga! Não consegui ver nada! Resolvi sair dali porque a qualquer momento o meu tio ia subir para o quarto e podia me pegar naquela posição constrangedora.
Fui para o meu quarto onde dois colchões já estavam arrumados no chão, lado a lado. A minha cama também já estava pronta, mas como de hábito, era o meu tio quem dormiria ali. Minha mãe sempre fazia questão disso:
– Carlito, já arrumei a cama do Toninho pra você, os dois meninos dormem no chão – disse ela na primeira noite, quando eles chegaram de São Paulo.
Fazia tempo que Tio Carlito não nos visitava. É que a viagem de seis horas até Bariri, cidade próxima a Bauru, não encoraja ninguém mesmo. A última vez que eles estiveram aqui eu ainda era moleque e ficava o dia inteiro jogando videogame com o Murilo. Hoje ele é um rapaz de 19 anos e eu um moleque de 15.
Sempre soube que eu era gay. No entanto, morar no interior, saindo da fazenda só para ir à escola, nunca tive coragem de me aproximar de um homem. Nunca nem vi um cara pelado na minha frente. Só uma vez em uma revista que achei escondida aqui em casa. A minha namorada nem sonha sobre o meu desejo secreto.
Aquela noite era a última antes de eles partirem de volta a São Paulo e eu perdi a última oportunidade de ver pela primeira vez ao vivo e a cores. E perdi logo de ver o meu primo Murilo, um exemplar de macho que eu nunca encontraria neste fim de mundo.
Ele é loiro, cabelos lisos curtos, jogador de futebol, peitos e abdômen definidos, pernas grossas e simplesmente lindo. Da última vez que eu o tinha visto ele era só um moleque magrelo e sem graça.
Já eram onze horas da noite, eu já tinha me deitado no meu colchão, entre a cama onde meu tio iria dormir e o colchão do Murilo, ao meu lado. Meu tio entrou no quarto.
– Cadê o Murilo? – perguntou.
Respondi que ele estava tomando banho e que já devia se deitar.
– Vamos dormir então, né. Amanhã a gente acorda cedo pra ir embora...
Ele deitou-se na cama e em seguida o Murilo saiu do banheiro e veio para o quarto. Ele estava usando só um short azul, sem camiseta. Fazia um calor de lascar aquele fim de semana.
– Caralho, tá um calor da porra hoje, hein! – exclamou ele.
– Puta merda, e o pior é que ainda tá cheio de pernilongo! – retrucou meu tio.
Eu dei risada porque já estava tão acostumado com os pernilongos que parecia até que eles nem me picavam.
O Murilo apagou a luz e foi deitar-se. A luz do luar entrava pela janela e caía sobre nossos corpos. Ficamos ainda deitados por um tempo conversando no escuro, falando sobre o passeio que tínhamos feito a uma cachoeira à tarde. Foi lá que eu notei aquele volume na sunga do Murilo e fiquei atiçado e curioso. O meu pau não era daquele tamanho. Fiquei pensando se o meu ainda ia crescer. Na escola os meus colegas diziam que o pênis cresce até os 18 anos.
Uma meia hora se passou e ele já devia estar dormindo. Fiquei olhando aquele corpo deitado ao meu lado. Descoberto, barriga para cima, a respiração fazendo seu tórax subir e descer lentamente.
Virei para o outro lado, tentando dissipar aqueles pensamentos e dormir, mas aquele moleque possuía uma força magnética incrível. Virei-me novamente e fiquei olhando para ele. Fiquei imaginando como seria acariciar a pele de outro homem, aqueles músculos, o abdômen definido, os bíceps delineados... Qual seria o sabor daquela boca máscula e carnuda? Como seria beijar uma boca masculina e sentir aquela barba por fazer?
Não sei quanto tempo fiquei ali olhando, mas quando olhei para o relógio na parede, já estava marcando uma e meia da manhã.
Ele já devia estar num sono profundo e comecei a imaginar o tamanho do cacete dele dentro daquele calção. O pensamento fez meu coração acelerar e meu pau começou a ficar duro só de pensar.
Olhei para aquela barriga perfeita, os pêlos finos e loiros que iam aumentando de quantidade próximos ao umbigo e adentravam-se no calção. Comecei a pensar numa loucura. Será que ele iria notar se eu colocasse a mão sobre o seu short, só para sentir o pau dele? Ele já devia estar num sono profundo, não iria nem perceber.
Meu coração parecia que ia querer sair pela boca. Meu tio estava logo atrás de mim e poderia acordar a qualquer momento. Minha mão pareceu ter vida própria e, antes que eu tivesse tempo de comandá-la, ela já estava lentamente se movimentando na direção do magnético short azul. Tocou de leve a superfície de algodão e lentamente foi baixando até encostar-se a algo mais consistente. Uma corrente elétrica nos conectou, fazendo com que as batidas do meu coração fossem tão altas que eu quase podia ouvi-las.
Acariciei levemente, sentindo os contornos do seu pênis. Ele aparentemente não estava usando cueca, pois sentia que o que estava logo abaixo daquela camada de tecido estava à vontade. Meus dedos se empolgaram e começaram a apalpar o volume no short, sentindo cada contorno, descobrindo o saco, a cabeça do pau e percebendo o quanto era volumoso.
De repente, meu primo começa a se mexer e levo um susto enorme! Retirei minha mão na velocidade da luz, me recompuz e fiquei imóvel. Ele se mexeu um pouco, mas só. Continuou na mesma posição. Eu estava muito louco mesmo, me arriscando daquela forma! Era melhor eu ficar quieto e dormir. Olhei para a cama onde meu tio estava deitado e ele estava dormindo também.
Fiquei imóvel por quase meia hora. Mas novamente minha mão resolveu continuar a explorar o universo desconhecido que estava sob aquele short azul. Voltei a acariciar o seu calção e percebi que alguma coisa estava diferente. Estava maior e um pouco mais duro. Ele estava excitado! Acariciei o pau dele em toda sua extensão, e uma imagem foi se formando na minha cabeça. Perdi o medo e comecei a apalpar mais e mais. O pau do meu primo estava ficando mais e mais duro, devia ser uma reação automática do corpo masculino ao toque sensual. Era um pênis grosso e crescia para o lado esquerdo, na minha direção.
Eu estava com um tesão enorme, meu pau duríssimo. Nunca tinha feito aquilo na minha vida. E eu não ia perder a oportunidade de pegar naquele cacete. Num momento de loucura, puxei o short bem devagar e o pau dele saltou para fora. Desci bem devagar, até expor o saco, ficando todo o púbis descoberto, o pênis ereto, os pêlos loiros e encaracolados à mostra. Cheguei bem pertinho e comecei a cheirá-lo. Um cheiro de sabonete levemente misturado a algo mais, que parecia suor, um cheiro meio adocicado. A cabeça estava levemente coberta pelo prepúcio, e puxei a pele, exibindo uma cabeça rosada e toda melada com um líquido transparente. Encostei o nariz e fiquei um tempão cheirando e me lambuzando naquele mel proibido, de cima até embaixo, o saco peludinho, tudo.
É claro que eu ia querer saber o sabor daquilo também. Encostei meus lábios naquela cabeça úmida, sentindo o gosto levemente salgado da glande. Segurei o pau dele com cuidado e coloquei na minha boca. Estava duríssimo e quente. Minha língua percorria cada saliência, lambi cada centímetro daquele cacete e sugava aquele líquido que saía às vezes, sentindo o sabor de cada gota. Perdi a noção de quanto tempo fiquei explorando meu novo brinquedo, sentindo os odores, saboreando os líquidos, alisando os pêlos e as veias que o circundavam... Era imenso comparado ao meu. Ele parecia que estava dormindo, mas ao mesmo tempo ele poderia estar fingindo. E se estivesse, então ele estava gostando do que eu estava fazendo.
O meu próprio pau estava muito duro e já sentia que estava todo melado de tesão. Continuei chupando aquele enorme pedaço de carne quente e pulsante, como um cachorro que está diante de um pedaço de osso depois de vários dias sem comer. Já não me preocupava mais se ele fosse acordar e me pegar com a boca no seu membro duro. Engolia até onde conseguia, depois cheirava as bolas e as lambia, subindo devagar todo aquele tronco até a cabeça vermelha e brilhante novamente.
Fiquei muito tempo me divertindo com ele. Então aquela tora endureceu ainda mais, ficando reta para cima, e esguichou um jato na minha bochecha esquerda, sem que eu pudesse prever. Rapidamente abocanhei a cabeça para que a sujeira não fosse maior e as contrações vieram trazendo um líquido quente e gosmento dentro da minha boca, parte vazando e escorrendo até o saco. A sensação foi tão incrível que sem mesmo eu ter tocado no meu pau, também comecei a gozar. Levei um susto porque quando eu gozava saía apenas um pouco de líquido, nunca chegava a esguichar jatos daquela forma.
As contrações no pau dele foram diminuindo e engoli uma boca cheia de porra, sentindo o gosto daquele líquido de outro homem pela primeira vez. Retirei a boca e fiquei observando enquanto ainda saía porra aos poucos. Passei uma das mãos no meu rosto lambuzado e trouxe até perto do nariz para sentir o cheiro.
Voltei-me para o pau do meu primo, que já estava amolecendo, aquele pedaço inchado e quente de carne, todo melado. Lambi tudo para que ficasse totalmente livre de qualquer vestígio e o recoloquei dentro do calção. Meu pau estava melado também dentro do meu short, mas deixei-o como estava, não quis levantar porque poderia acordá-los.
Fiquei deitado e pensando na loucura que acabava de ter feito. Um medo me invadiu. Meu primo não se mexeu em nenhum momento, mas sua respiração tinha ficado mais acelerada quando ele gozou. Fiquei acordado me perguntando se ele tinha percebido tudo, mas fingindo o tempo todo. Não sei se isso seria possível.
As imagens, os cheiros e os sabores ficaram revolvendo-se na minha mente ainda por um tempo. Pensei no perigo que tinha corrido ao fazer aquilo com meu tio do lado. Acabei de pensar nisso e voltei-me para a cama dele, para verificar se estava dormindo.
Tomei um baita susto quando vi que ele estava com a metade do corpo erguida, apoiando-se num braço e me olhando fixamente. Meu coração acelerou e o sangue sumiu do meu rosto. Fiquei mudo e paralisado, sem conseguir reagir. Tentei falar, mas nada além de murmúrios escaparam dos meus lábios. Toda a cena dele contando para os meus pais passou pela minha cabeça nos poucos segundos que fiquei ali estarrecido.
Estava sentindo muita vergonha. Então percebi que ele estava nu e segurando no próprio pau. Um cacete que era ainda maior que o do Murilo. Subia e descia lentamente, olhava para o pau, depois para mim, depois de volta para aquela jeba. Fez um movimento com a cabeça e entendi tudo. Aquela noite seria bem longa...
3 de out. de 2009
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